A rabdomiólise, miosite, azotúria ou “mal da segunda-feira” é uma afecção comum no meio equestre que se caracteriza pela destruição das fibras musculares esqueléticas, o que, consequentemente, leva à liberação de células do tecido muscular para a circulação sanguínea, como a mioglobina. É uma enfermidade de etiologia multifatorial, sendo ocasionada por fatores físicos como o exercício físico extenuante ou sem preparo prévio, por fatores químicos como a aplicação de medicamentos ou por fatores biológicos, como a genética e os distúrbios nutricionais e metabólicos. Possui sinais clínicos como andar rígido, mioglobinúria (urina escurecida), edema na musculatura e, em casos mais graves, insuficiência renal e óbito do animal, se não tratado precocemente. Foi atendido no Hospital Veterinário da UNILEÃO, um equino da raça Quarto de Milha com histórico de lesão no membro anterior esquerdo, tratado previamente com anti-inflamatórios em assistência veterinária. Ao tratamento prévio, realizado na propriedade, o animal desenvolveu sinais de rabdomiólise, sendo encaminhado para assistência veterinária especializada. Foi instituída terapêutica à base de fluidoterapia, dimetilsulfóxido (DMSO), E-SE Super, fenilbutazona e Rubralan 5000® . Exames laboratoriais confirmaram a presença de lesão muscular e comprometimento renal associado. Ao longo do tratamento, o paciente apresentou melhora progressiva, culminando em sua alta após 31 dias de internação. A terapia adotada foi eficaz no controle da condição, destacando a importância de uma abordagem terapêutica da rabdomiólise equina.

Autor(s)

Maria Paloma Fernandes Sampaio

Orientador(s)

Alan Greison Costa Macêdo

Ano de Publicação

2024

Palavra Chave

Mioglobinúria. Miopatia. Rigidez muscular.

Curso

MEDICINA VETERINÁRIA

O presente artigo tem como finalidade refletir acerca da interseccionalidade entre o racismo e a homofobia, bem como identificar e descrever os possíveis impactos dessa interação à saúde mental de homens negros gays no Brasil, pontuando outros efeitos desse cruzamento. Em uma sociedade patriarcal, racista e falocêntrica, esses indivíduos enfrentam diversas formas de opressão que afetam as suas subjetividades e performances de masculinidade. Esta é uma pesquisa, de caráter bibliográfico, que buscou responder à questão: "Como a interseccionalidade entre racismo e homofobia pode impactar a saúde mental de homens negros gays no Brasil?". Além de tentar preencher lacunas na literatura psicológica acerca da temática, a pesquisa buscou contribuir para uma prática profissional inclusiva, que considere as interseções entre raças, gênero e sexualidade. A análise destaca que o racismo e a homofobia não apenas coexistem, mas muitas vezes se reforçam, contribuindo para a marginalização e a opressão de corpos que possuem esses marcadores.

Autor(s)

Pedro Lucas de Sousa

Orientador(s)

Moema Alves Macedo

Ano de Publicação

2024

Palavra Chave

Interseccionalidade. Sistemas de opressão. Homens negros gays. Saúde mental. Psicologia

Curso

PSICOLOGIA

Enquanto um espaço que historicamente foi permitido apenas à população branca, européia em um Brasil que se arquitenta com o racismo e inferiorização de pessoas negras, nota-se o ensino superior como um espaço de impacto no processo de subjetivação e no adoecimento mental de pessoas negras. Nesse sentido, a presente pesquisa objetiva refletir sobre as práticas discursivas relacionadas ao sofrimento psíquico na população negra no ensino superior, pautando-se no movimento do Construcionismo Social. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa exploratória, utilizando do método de Revisão Sistemática, o método de análise de dados se deu a partir do Mapa Dialógico, onde nos 22 estudos considerados, foram garimpados os principais sofrimentos psíquicos discutidos. O estudo resulta em conjuntos de sofrimentos existenciais, sofrimentos na relação do negro consigo mesmo, e sofrimentos na relação com o outro, aparecendo sentimentos tais como: de não pertencimento, a negação de sua própria negritude, desumanização, psicopatologias graves, dentre outros. Conclui-se a necessidade de pensar o papel ético-político da Psicologia como um fazer que também deve ser decolonial e antirracista. 

Autor(s)

Isaac Marlon Vasconcelos do Nascimento

Orientador(s)

Moema Alves Macêdo

Ano de Publicação

2022

Palavra Chave

Racismo. Sofrimento psíquico. População negra. Ensino superior.

Curso

PSICOLOGIA

Esse trabalho objetivou refletir, dentro do panorama de raça, os possíveis impactos que o racismo deixa na subjetividade da população negra brasileira a partir do pensamento do psiquiatra e revolucionário Frantz Fanon e da psiquiatra, psicanalista e intelectual brasileira Neusa Santos de Souza, perpassando por fatores socioeconômicos e históricos relacionados à sociogenia e ao colonialismo. A pesquisa possui caráter descritivo e utiliza uma abordagem qualitativa, fazendo uma revisão bibliográfica sobre os impactos do racismo na saúde mental da população negra. Frantz Fanon, aponta como o racismo leva as pessoas negras a internalizar ideais brancos, resultando na alienação do “eu”, propondo o conceito de sociogenia. Já Neusa Santos Souza, em seu Tornar-se Negro, descreve como surge a conscientização identitária dos negros diante do racismo estrutural, alcaçando o "tornar-se negro", uma afirmação de identidade positiva em um contexto de marginalização. Ambos veem como esse sistema de dominação advinda do racismo possui um fator central na psique e identidade negra. Dessa forma, Intervenções contra o racismo na psicologia precisam considerar esses efeitos psicossociais para entender as experiências da população negra. Tanto a sociogênica de Fanon como as críticas de Neusa nos processos de construção da identidade negra, fornecem bases epistemológicas para que as práticas psicológicas abordem a colonialidade e o embranquecimento e assim proporem estratégias de resistência e ressignificação identitária, sendo essenciais para intervenções que reconheçam e validem as experiências da negritude, oferecendo suporte efetivo aos efeitos psíquicos do racismo, independente de abordagem ou local de prática da psicologia.

Autor(s)

Emanuelli Anunciada Ribeiro Homem

Orientador(s)

Moema Alves Macedo

Ano de Publicação

2024

Palavra Chave

Racismo. Subjetividade. Neusa Santos Souza. Saúde mental Frantz Fanon.

Curso

PSICOLOGIA

Este artigo investiga a relação do racismo estrutural, gerontofobia e necropolitica atrelando a isso a vivencia do idoso negro. Assim, parte-se do pressuposto de que há uma negação histórica sobre o racismo no Brasil logo as discussões a nível acadêmico sobre a temática são escassas se fazendo necessário ater-se sobre a problemática já que a sociedade brasileira está envelhecendo. Para mais, como objetivo geral perfila-se a relação entre gerontofobia e saúde mental. Em interface a isso apresenta-se como objetivos específicos: como o idoso Negro vivencia esta etapa do desenvolvimento? quais são as peculiaridades para o recorte. Como justificativas os impactos sociais e o baixo número de pesquisas com recorte escolhido. Além Logo, compreende-se racismo estrutural de maneira geral com o favoritismo de alguns grupos em detrimento a outros isso percorre todo o desenvolvimento do negro. Os resultados alcançados mostram que a estrutura na qual o negro foi marginalizado denota a ausência de uma vida idosa ideal, sendo marcada com problemas de saúde mental e falta de acesso a direitos básicos.

Autor(s)

Kennedy Robinson Alves da Silva

Orientador(s)

Larissa Maria Linard Ramalho

Ano de Publicação

2022

Palavra Chave

Gerontofobia. Racismo estrutural. Racismo. Idoso negro. Velhice.

Curso

PSICOLOGIA

Autor(s)

Joyce Larissa Pereira Coelho

Orientador(s)

Nadya Ravella Siebra de Brito Saraiva

Ano de Publicação

2018

Palavra Chave

Racismo. Religião. Intolerância religiosa. Religião afro-brasileira. Candomblé.

Curso

PSICOLOGIA

O foco de investigação foram as relações raciais e de gênero na trajetória de mulheres negras na docência do Ensino Superior do Cariri Cearense (Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha). Os conceitos a respeito de racismo estrutural/institucional, de identidade negra, de colorismo, de feminismo negro e de representatividade de mulheres negras na docência foram as temáticas discutidas. A presente dissertação objetivou analisar como ocorreu o processo de construção da identidade destas mulheres em decorrência das violências raciais sofridas e das dificuldades que encontraram para ascender profissionalmente. Para melhor desenvolvimento da pesquisa, a metodologia foi desenvolvida a partir de entrevistas semiestruturadas com foco no método de história oral de vida em conjunto com análise documental. Para a sistematização dos dados qualitativos foram selecionadas 06 (seis) professoras universitárias negras que atuam em cinco Instituições de Ensino Superior da Região Metropolitana do Cariri Cearense. O referencial teórico considerado para construção da discussão foram trabalhos oriundos de Sueli Carneiro (2011), Nilma Lino Gomes (2011), Núbia Moreira (2007), Lélia Gonzalez (1983), Djamila Ribeiro (2019), Kabengele Munanga (2008), Miguel Ifadireó (2019), Silvio Almeida (2018) entre outros autores e autoras negras, em sua maioria. Por fim, a pesquisa apresentou, a partir das narrativas das interlocutoras, as dificuldades e os enfrentamentos das opressões de gênero, de raça e de classe que vivenciaram, desde o espaço educacional inicial até a formação docente. O estudou permitiu observar que as representações de mulheres negras ainda são tiranizadas socialmente, e a sua representatividade na docência do ensino superior ainda não atinge o desejado.

Autor(s)

Yohana Maria Monteiro Augusto de Alencar

Orientador(s)

Miguel Melo Ifadireó

Ano de Publicação

2021

Palavra Chave

Formação profissional. Gênero. Histórias de vida. Professoras negras. Racismo.

Curso

PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

Autor(s)

Joédson de Lima Silva

Orientador(s)

Francisco Francinete Leite Júnior

Ano de Publicação

2018

Palavra Chave

Racismo. Negro. Manutenção. Atualidade.

Curso

PSICOLOGIA

O Fibro edema geloide (FEG) é uma afecção multifatorial, que acomete geralmente região pélvica, membros inferiores e abdome. É caracterizado por um aspecto enrugado, com etiologia desconhecida, promovendo uma alteração do tecido conjuntivo subcutâneo, seguido de polimerização da substância fundamental amorfa (SFA), que produz secundariamente uma reação fibrótica. A radiofrequência (RF) não ablativa representa um mecanismo eletroterápico que conduz energia eletromagnética, que, no tecido, transforma-se em calor profundo, promovendo uma melhora do aspecto celulítico. Esta pesquisa tem como objetivo verificar os efeitos imediatos e cumulativos da radiofrequência não ablativa no tratamento do fibro edema geloide. Trata-se de um estudo do tipo quase experimental de abordagem quantitativa, no qual foram mesuradas as seguintes variáveis: idade, raça/cor, temperatura, dor, sensibilidade, teste de casca de laranja, grau de FEG, etilismo, tabagismo, alimentação, numero de gestação, edema, microvarizes, telangiectasias, equimose, flacidez muscular, temperatura local, forma do FEG, atividade física, medicamentos em uso, distúrbio circulatório e endócrino-metabólico, perimetria, bioimpedância, imagens fotográficas e termográficas. Para a avaliação, foi utilizado o protocolo de avaliação do fibro edema geloide (PAFEG). Quando analisado o antes e o depois da aplicação por RF, foi possível observar nítida melhora de temperatura do tecido interno e externo, melhora da textura da pele e regressão dos acometimentos do FEG nos resultados vistos pela termografia. Todas as pacientes apresentaram melhora no aspecto celulítico antes de cinco intervenções. Conclui-se que, pela análise dos resultados de imagens fotográficas e termográficas, que o uso da RF em benefício ao FEG, mostrou-se satisfatório, resultando em uma melhora microcirculatória devido à redução do edema e aderências teciduais.

Autor(s)

Raphaella Gonçalves da Silva

Orientador(s)

Edigê Felipe de Sousa Santos

Ano de Publicação

2012

Palavra Chave

Celulite.Termografia. Radiofrequência.

Curso

FISIOTERAPIA

A radiopacidade é uma propriedade óptica cada vez mais presente nos materiais restauradores resinosos. A partir dos avanços físico-químicos e a ampla utilização desses materiais na maioria dos procedimentos preventivos e restauradores, bem como a popularização do raio-x, a radiopacidade vem ganhando importância por ser imprescindível na diferenciação dos materiais com as estruturas dentais, sendo, portanto, um dos mecanismos de controle do sucesso clínico de uma restauração. Nesta perspectiva, o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca das características atuais da radiopacidade dos materiais restauradores resinosos (resina composta, cimento ionomérico e cimento resinoso), seus componentes, concentração, interferências ópticas e mecânicas, desempenho clínico, vantagens e desvantagens relacionados às demais propriedades físico-químicas. O presente estudo se caracteriza como uma revisão da literatura do tipo narrativa, no qual foi abordada a importância da propriedade óptica de radiopacidade nos materiais restauradores resinosos, utilizado um método de investigação que permite a busca, a avaliação crítica e a formulação das evidências disponíveis sobre o tema investigado. Foram realizadas buscas de estudos nas bases de dados eletrônicas Scielo, PubMed e Google Acadêmico, no período investigativo de 2010 a 2020, nos idiomas inglês e português. As palavras chaves foram “radiopacidade”, “material restaurador” e “resina composta”. De acordo com as estratégias de busca, foram identificados 50 estudos acerca da radiopacidade, dos quais 36 foram selecionados pelos pesquisadores, por atender ao questionamento chave. Portanto, pode-se concluir que, o estudo da radiopacidade nos materiais resinosos é importante em muitas frentes, pois pode fornecer informações sobre o que é estrutura dentária sadia ou tratada com material restaurador e, dessa forma, auxiliar a explicar as características clínicas observadas. Além disso, permite ao cirurgião dentista visualizar cáries recorrentes ou secundárias, infiltrações marginais, extensão e excesso da restauração, qualidade do preenchimento dos sistemas de canais radiculares. Embora pesquisas e estudos evidenciem que os materiais restauradores resinosos apresentados possuam radiopacidade igual ou semelhante à dentina, é importante novos estudos sobre tal propriedade, pois, frequentemente novos produtos são lançados no mercado com diferentes formulações, assim, o conhecimento do cirurgião-dentista acerca dos componentes, auxiliam na escolha do produto e evitam insucessos no tratamento odontológico. 

Autor(s)

Beatriz de Lima Sousa

Orientador(s)

João Paulo Martins de Lima

Ano de Publicação

2021

Palavra Chave

Radiopacidade. Resinas Compostas. Materiais Restauradores.

Curso

ODONTOLOGIA