Nos últimos anos a taxa de mortalidade infantil teve uma queda, e um dos fatores que levaram a essa redução foi a melhoria tecnológica das unidades de terapias intensivas neonatais. Decrescendo a taxa de mortalidade, criando ambientes extra-uterinos proporcionando condições favoráveis a sua sobrevivência. Afastado bruscamente da mãe, o bebê é colocado em um ambiente hostil, com luminosidade, manipulação constante, dor, desconforto físico e mental. Nesse momento o neonato está exposto a condições de enfrentamento que podem leválos a cura ou a morte. Para a família do neonato a situação não é diferente, a internação de um filho em uma unidade de terapia intensiva é um momento muito difícil, gerando uma onda de sentimentos e medo em relação se acura do seu filho será completa, ou mesmo se poderá ocorrer à morte. A enfermagem é uma profissão que lida com o ser humano, interage com ele e requer um maior conhecimento de sua natureza física, social e psicológica. Desta forma o cuidar pode ser caracterizado pela atenção, zelo, responsabilidade e preocupação com o outro. E esses critérios, são bem estabelecidos e vivenciados no cotidiano dos profissionais das unidades de terapias intensivas neonatais, já que os pacientes que ali se encontram necessitam de extremo cuidado. Os enfermeiros, por sua maior proximidade com os familiares, têm a difícil responsabilidade de preparar a mãe para o prognóstico, muitas vezes não satisfatório do seu filho, ou até mesmo dar a notícia do falecimento do neonato. São atitude esperadas e necessárias que o enfermeiro desempenha. Escolher ser enfermeiro implica estar próximo ao sofrimento e à morte, realidades temidas pelo ser humano. Os profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros são invadidos por vários sentimentos onde muitas vezes ocorre um choque de emoções, que requer do mesmo, vivência, experiência, conhecimento do seu eu profissional e humano. A importância dessa pesquisa deve-se ao fato de buscar entender o que acontece com o enfermeiro quando ele vê um bebê chegando a óbito. Quais os sentimentos manifestados enquanto cuidador na hora em que um perde um neonato. Como ele conduz a situação de comunicar à família que nada mais se pode fazer pelo seu filho. As observações apontam que o enfermeiro precisa de uma maior e melhor preparação para o enfrentamento da temática citada ainda durante a graduação. O aluno não é preparado para o enfrentamento da morte e do morrer. Tornando-se assim imprescindível a compreensão de como o enfermeiro em sua prática profissional conduz esse momento.

A população idosa vem tendo um crescimento significante, devido ao aumento da expectativa de vida dos cidadãos, que é ocasionado pela melhora dos serviços de saúde e pelo avanço da medicina. O envelhecimento tem ritmo e características específicas em cada pessoa. Várias alterações nos principais órgãos tendem a aparecer e o corpo começa a responder de tal forma que mecanismos simples para um adulto jovem, passam a ser mais complexos na terceira idade, devido à incapacidade de realizá-lo. A família é importante em qualquer fase da vida, mas torna-se relevante durante o período que existe menor capacidade física. O presente estudo teve como objetivos avaliar as mudanças de rotina na vida do cuidador do adulto idoso dependente; descrever as dificuldades e necessidades enfrentadas pelo cuidador do idoso dependente na realização das atividades de cuidado; compreender como o cuidador vivencia o processo de cuidar do idoso fragilizado e analisar os sentimentos do cuidador familiar envolvido diretamente no cuidado do idoso dependente. Tratou-se de uma pesquisa de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa, que envolveu 15 cuidadores familiares de idosos que tinham dependência parcial ou total. Os dados foram coletados durante os meses de agosto e setembro de 2009, onde foram realizadas as visitas domiciliares, cujo instrumento para coleta de dados foi a entrevista. Na análise foram criadas categorias a partir das falas dos cuidadores: mudanças na vida do cuidador, as dificuldades enfrentadas pelos cuidadores e os sentimentos do cuidador. Como principais resultados percebeu-se que assumir o papel de cuidador foi uma obrigação imposta pelas circunstâncias, causando alterações no estilo de vida do cuidador tornando o ato de cuidar uma tarefa exaustiva, principalmente devido a inexperiência do cuidador em atender as demandas que vão surgindo no transcorrer do processo do cuidar. Concluiu-se que é preciso que a equipe de saúde busque valorizar a importância do cuidador, pois se o cuidador não estiver bem, consequentemente os cuidados prestados não serão eficientes, acarretando em um maior problema na saúde pública.