O presente artigo versa sobre como se dá as discussões em torno da temática da violência contra a mulher no processo de formação em psicologia no interior do Ceará. Tem-se como objetivo geral investigar como a temática da violência contra a mulher se insere no processo de formação em psicologia em Instituições de Ensino Superior (IES) no interior do Ceará. Para alcançar tal objetivo, buscou-se analisar, através de entrevistas semiestruturadas, qual a visão que o corpo docente feminino tem acerca da importância das discussões sobre violência contra a mulher no processo de formação em psicologia; e mostrar como o corpo docente feminino percebe a circulação das discussões sobre a violência contra a mulher nas suas respectivas instituições e nas matrizes curriculares e ementas do curso. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo com três professoras do curso de psicologia de três IES no interior do Ceará. Quanto à produção de informações a coleta foi feita de modo remoto pelo aplicativo “Zoom”, e para a organização e análise dos dados, em um primeiro momento as entrevistas foram gravadas pelo próprio aplicativo e posteriormente transcritas e analisadas com base na análise de conteúdo, sob a perspectiva de Laurence Bardin. Com os achados da análise, teve-se a confirmação da hipótese da pesquisa, de que os estudos acerca da violência contra a mulher no processo de formação em psicologia se apresenta como um ato político do corpo docente, embora exista uma defasagem ético-política na formação em decorrência da invisibilidade dos discursos em relação às demandas sociais presentes nas políticas de formação e políticas educacionais.

Autor(s)

Yáskara Lobo Cordeiro

Orientador(s)

Marcus Cézar de Borba Belmino

Ano de Publicação

2020

Palavra Chave

Formação. Psicologia. Violência contra a mulher. Ceará.

Curso

PSICOLOGIA

A pandemia de covid-19 resultou em uma série de mudanças nos padrões comportamentais existentes até então. Mudanças no estilo de vida em sociedade fizeram-se necessárias como uma forma de evitar e/minimizar a propagação das taxas de contágio do coronavirus, dentre as quais destaca-se o isolamento social, que resulta por prolongar o temo em que as mulheres passem mais tempo em seus domicílios. No contexto da violência contra a mulher, o ambiente familiar nem sempre representa um espaço seguro, diante disso, o presente artigo tem como objetivo identificar os reflexos das medidas de isolamento social decorrentes da pandemia de covid-19 nos casos de violência contra a mulher na Região do Cariri Cearense, no ano de 2020. A pesquisa caracteriza-se pela natureza descritiva de abordagem qualitativa. No que compete a obtenção dos dados o estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica consubstanciada da pesquisa documental. Como resultado, identificou-se que no ano de 2020 houve uma redução tanto no que compete aos números de registros dos casos de violência contra mulheres, quanto ao número de feminicídios em relação aos anos anteriores. O fato pode estar relacionado a subnotificação dos casos, ou ainda a dificuldade que as vítimas podem ter tido de realizar as denúncias.

Autor(s)

Lirinélia Carla da Cruz Oliveira

Orientador(s)

Francilda Alcântara Mendes

Ano de Publicação

2021

Palavra Chave

Isolamento social. Violência contra a mulher. Região do Cariri. Pandemia de COVID-19.

Curso

DIREITO

A violência contra a mulher na adolescência é um dos problemas que possuem pouca visibilidade no contexto social, mesmo sendo considerado como interesse da área social, histórica e de saúde pública, tornando-se de grande relevância. As adolescentes são consideradas como um dos grupos com maior vulnerabilidade para sofrerem negligências e terem seus direitos humanos violados, apresentando consequências na sua saúde integral e no seu desenvolvimento, devido está em um processo de desenvolvimento biopsicossocial, em que na maioria das vezes é conflituoso. Foi realizada uma pesquisa de caráter transversal, exploratória e de abordagem quantitativa, usando um questionário de perguntas como instrumento para a coleta dos dados, aplicado por meio do Google Forms, um aplicativo gerenciador de pesquisas, questionários e formulários. Sendo realizada uma análise de síntese quantitativa das estatísticas com os dados coletados das variáveis analisadas, apresentadas por meio do próprio Google Forms. Esta pesquisa teve como objetivo analisar quais os tipos de violência mais vivenciadas e identificadas por essas mulheres adolescente, e as suas características. Tal estudo contou com a participação de 30 adolescentes do sexo feminino estudantes do ensino médio, da cidade de Santa Filomena, Pernambuco, Brasil. As participantes tinham entre 15 e 18 anos de idade, sendo a maioria moradoras na zona rural. Encontrou-se uma maior prevalência de violência sexual, por meio de atos como carícias com 76,7% dos casos, mas apenas 6,7% sentiu que foi violentada fisicamente durante sua adolescência, e em seguida de agressão moral e psicológica, ocorrendo por meio de agressão verbal com palavrões, ofensas e xingamentos com 63,3 % dos casos, na qual 56,7% das participantes apresentaram que em algum momento da sua adolescência sofreu violência psicológica. Diante das buscas realizadas na literatura brasileira, percebe-se que existem poucas produções sobre violência contra a mulher na fase da adolescência, apresentando-se mais com pesquisas com mulheres adultas, considera-se que é uma lacuna que precisa ser preenchida para compreender a ocorrência desse fenômeno. E que existe uma grande prevalência de violência sexual e psicológica com essas adolescentes.

Autor(s)

Erisnaidy Lopes Delmondes

Orientador(s)

Marcus Cézar de Borba Belmino

Ano de Publicação

2020

Palavra Chave

Violência contra a mulher. Violência contra a mulher na adolescência. Saúde e adolescência. Adolescência.

Curso

PSICOLOGIA

A violência contra a mulher é um fenômeno complexo e abrangente, que se perpetua na realidade social com base na ideologia patriarcal incorporada pela sociedade desde os primórdios de sua formação. As desigualdades de gênero sempre estiveram presentes no cotidiano social, sendo orientadas pelas construções culturais dos papéis e funções desempenhados pelos gêneros no cenário social. O presente trabalho visa conhecer os fatores que permeiam os relacionamentos abusivos e impedem a quebra do ciclo vivenciado por mulheres vítimas de violência doméstica, por meio da explanação do fenômeno da violência de gênero e suas relações no contexto social para então identificar os aspectos que influenciam na decisão das mulheres vítimas de violência a permanecerem em um relacionamento abusivo bem como entender a importância da rede de enfrentamento na decisão da vítima de permanecer ou não na situação de violência. Apontar as dificuldades dessas mulheres em romper com o ciclo de violência e alcançarem a superação da situação de violência e a importância da rede de enfrentamento na busca do empoderamento dessas mulheres. Para tanto, optou-se por realizar uma pesquisa bibliográfica, a partir de uma revisão de literatura de trabalhos já publicados sore a temática abordada. Ao analisar as discussões encontradas durante o percurso de construção do trabalho, compreende-se a importância do empoderamento das vítimas no combate à violência contra a mulher, pois, ao reconstruir a autoestima perdida pelas agressões sofridas, ocorre o fortalecimento da mulher.

Autor(s)

Maria da Penha da Silva Chagas Monteiro

Orientador(s)

Márcia de Sousa Figueirêdo

Ano de Publicação

2021

Palavra Chave

Empoderamento. Gênero. Relacionamento abusivo. Violência.

Curso

SERVIÇO SOCIAL

A violência é uma realidade compartilhada pelas mulheres ao redor do mundo e as afeta em todas as fases da vida, atrapalhando o seu desenvolvimento e envelhecimento. O trabalho escrito tem como objetivo geral: analisar o percurso de construção da violência doméstica contra a mulher no cenário brasileiro e específico: discutir eficácias de medidas protetivas relacionadas a violência contra a mulher, atuação das políticas públicas diante a violência contra a mulher e relacionar marcadores de raça/etnia na construção da violência doméstica contra a mulher no cenário brasileiro. O método utilizado é uma pesquisa descritiva, quantitativa de referência bibliográfica. O trabalho demandou de muitas buscas em sites, como Scielo e Google Acadêmico e alguns artigos sobre o tema, levando em conta o resgate de muitos acontecimentos ao longo dos anos. 

Autor(s)

Jaiane Gomes da Silva

Orientador(s)

Moema Alves Macêdo

Ano de Publicação

2023

Palavra Chave

Violência. Mulher. Ética.

Curso

PSICOLOGIA

O presente artigo analisou o elevado número de violência contra a mulher, que mesmo com a existência das medidas protetivas, as mulheres continuam a serem lesadas. Dessa forma, possui o objetivo geral de analisar os números relativos ao aumento de casos de violência contra a mulher na região do Cariri. Ademais, ainda possui como objetivos específicos o de traçar o contexto histórico da legislação protetiva de mulheres no Brasil; identificar as principais inovações legislativas para efetivação das medidas e analisar a (in) eficácia das medidas protetivas e meios para coibir o aumento dos números na região do Cariri, demonstrando se impactaram na diminuição ou não da violência. Sendo assim, a metodologia utilizada é classificada na área das ciências sociais aplicadas da ciência jurídica. A pesquisa utilizará de dados secundários. Dessa forma, ainda é dividida: quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa qualitativa; quanto aos objetivos, trata-se de pesquisa explicativa; quanto à natureza, trata-se de uma pesquisa básica; quanto ao procedimento, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados deste estudo apontam que mesmo com a existência de várias legislações que versem sobre a proteção das mulheres, as mesmas são suscetíveis e ainda sofrem violências. Porém, com uso conjunto das leis e instrumentos protetores, possui resultados benéficos e que amparam as mulheres, ocorrendo a efetivação para a sua proteção.

Autor(s)

Marcos Macêdo Landim Júnior

Orientador(s)

Cláuver Renne Luciano Barreto

Ano de Publicação

2021

Palavra Chave

Violência. Mulher. Cariri.

Curso

DIREITO

O trabalho tem como discussão uma trajetória das políticas sociais de saúde no Brasil e também faz um breve histórico do Serviço Social na Saúde. Entende-se por política social, as formas de intervenção e regulamentação do Estado nas expressões da questão social, envolvendo o poder de pressão as lutas e mobilização dos movimentos sociais, com perspectivas de problematizar as demandas e necessidades dos cidadãos, para que ganhem visibilidade e reconhecimento público. Pode-se observar que houve uma longa luta para que realmente o cidadão tivesse uma política social que lhe assegurasse uma seguridade na habitação, saúde, saneamento entre outras. Aborda-se também grande luta pela saúde pública no Brasil e faz-se uma discussão da saúde na atualidade. A metodologia utilizada constou de uma pesquisa bibliográfica, foi consultando autores de livros estudiosos do assunto que subsidiaram o referencial teórico do tema em estudo, como Neto, (1996), Sposati, (1997), Behring e Boshetti, (2006), Bravo, (2013), Figueiredo, (2005), Iamamoto, (1982), entre outros. O estudo se justifica pelo interesse em identificar as fases que as políticas sociais passaram no decorrer dos tempos. Portanto o trabalho é importante, pois é motivo de leitura e aprofundamento para outros temas. E conclui-se que através dos autores pesquisados que as políticas sociais tiveram realmente muitas lutas para serem legalizadas e inseridas nas políticas de saúde, e isso ocorreu com Reforma Sanitária, que marcou o início de uma nova etapa na saúde, assim como a Constituição Federal de 1988, a qual veio favorecer a classe trabalhadora de maneira geral, assim como a criação do SUS que deu entrada para uma saúde unificada para todos os cidadãos.

Autor(s)

Édila de Almeida Barros

Orientador(s)

Márcia de Sousa Figueiredo Teotônio

Ano de Publicação

2020

Palavra Chave

Política social. Política de saúde. Serviço social.

Curso

DIREITO

Neste trabalho, estudaremos a violência cometida contra as mulheres; a violência conjugal, ou violência de gênero, o mesmo tem como título “Descortinando a violência doméstica nas diversas classes sociais”, a escolha dessa temática se deu a partir das inquietações da pesquisadora durante o período do estágio curricular obrigatório o período ocorreu no período de 2019.1 e 2019.2 no Centro de Referência da Mulher (CRM) na cidade de Juazeiro do Norte-CE. Baseia-se na Lei de nº. 11340/06, intitulada Lei Maria da penha e nas políticas de enfrentamento a violência contra a mulher. A violência doméstica contra a mulher ocorre basicamente devido às concepções conservadoras machistas, hierarquizadas que são alimentadas pela forma como a sociedade é educada. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa realizado por meio de pesquisa descritiva e bibliográfica possibilitando assim, uma melhor compreensão da realidade. A coleta de dados foi realizada através um questionário com 16 perguntas objetivas com as mulheres que procuraram o Centro de Referência da Mulher (CRM), no período compreendido nos meses de fevereiro e março de 2020, como também por meio das redes sociais de forma anônima, preservando assim a identidade das entrevistadas. Esta pesquisa foi composta pelo universo de 205 (duzentos e cinco) entrevistadas. Os aspectos éticos da pesquisa foram respeitados uma vez que cada participante ficou ciente do termo de consentimento livre e esclarecido, que assegura o sigilo da identidade e das respostas de cada uma. Esta pesquisa deve servir para alertar a sociedade das implicações e dimensões que a violência ocupa na vida social particular e coletiva das pessoas. Além de valorizar e motivar práticas pedagógicas e políticas públicas voltadas a prevenção à violência contra a mulher. Esperamos que este trabalho se torne material de pesquisa para os estudantes desta temática e que ao ler, percebam a importância de debater este tão relevante assunto. 

Autor(s)

Luciana Alves Domingos

Orientador(s)

Sheyla Alves Dias

Ano de Publicação

2020

Palavra Chave

Violência doméstica. Mulher. Machista. Lei Maria da Penha.

Curso

SERVIÇO SOCIAL

Autor(s)

Ana Kelly Lopes Soares

Orientador(s)

Pautília Ferraz Araruna

Ano de Publicação

2018

Palavra Chave

Silêncio. Mulher. Violência. Desigualdade. Empoderamento

Curso

SERVIÇO SOCIAL

O presente trabalho surge com a temática de abordar a violência doméstica contra a mulher visto que é um problema universal que atinge um número alto de pessoas e muitas vezes de forma silenciosa, dissimulada e destruidora. Inicialmente, é feita uma abordagem sobre a temática supracitada e apresenta as diferentes formas de violência doméstica, a publicização da questão no Brasil e dimensionamento das políticas públicas, da rede de enfrentamento e a violência doméstica em tempos de isolamento social. Para tanto, o caminho metodológico percorrido deu-se através de uma pesquisa bibliográfica, de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa. O estudo se encontra dividido em três capítulos, onde no primeiro se realiza reflexões acerca da trajetória histórica da violência doméstica contra a mulher, fazendo analises desde as primeiras lutas e conquistas, perpassando pelos progressos realizados, e as novas denominações que objetivam proporcionar a essa classe o título feministas; no segundo capítulo pontuasse alguns a respeito da rede proteção, os equipamentos, abordados também foram de grande importância para o desenvolvimento da Lei Maria da Penha, visto que esta Lei está vigente até a atualidade e por fim e não menos importante aborda-se a violência contra a mulher em tempos de isolamento social; o terceiro capítulo trouxe uma reflexão acerca das mulheres vítimas de violência doméstica, através da relação Estado, sociedade e família, visto que estes devem exercer sua função enquanto agentes ativos na prevenção de qualquer tipo de violência e a atuação do Assistente Social frente a essa questão social. 

Autor(s)

Larisse Pequeno Barbosa

Orientador(s)

Pautília Ferraz Araruna

Ano de Publicação

2020

Palavra Chave

Rede de enfrentamento. Lei Maria da Penha. Atuação. Intervenção do assistente social.

Curso

SERVIÇO SOCIAL