A supremacia masculina reforçada pela ideologia patriarcal apresenta-se como sistema de dominação e exploração que sobrevive há milênios em constante transformação. Esta concepção ideológica não se restringe somente à família, mas é permeada e legitimada pela a sociedade de modo quase hegemônico. A seguinte produção acadêmica discorrerá sobre a problemática da violência contra mulher com centralidade nas relações conjugais, para tanto, revela-se a necessária construção da trajetória de todos os processos desencadeadores e legitimadores da secular violência destinada às mulheres. Esse trajeto perpassa das análises da construção conceitual de poder, patriarcado e gênero como elementos fundantes para a compreensão da estrutura de dominação e exploração feminina até a compreensão da violência contra mulher como expressões do poder atribuído arbitrariamente ao homem. Objetiva, para além de expor o fenômeno da violência contra mulher como grave problema social e suas relações intrínsecas com a impunidade, romper com a indiferença e a cumplicidade social que contribui para a não punição dos agressores e desamparo às vítimas. Partindo de um mote materialista-histórico-dialético e com o uso do formulário como a técnica de coleta de dados, o presente estudo pontuará os elementos determinantes da violência contra a mulher conforme exposições das oito vítimas atendidas no Centro Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município de Juazeiro do Norte, no período dos seis meses de estágio supervisionado obrigatório, na perspectiva de demonstrar as influências e os elementos que impulsionam e desestimulam as denúncias e evidenciar a importância dos equipamentos sociais de proteção aos direitos das mulheres para o enfrentamento da violência contra mulher no município e no cariri cearense, haja vista, essa realidade apresentar resultados vinculados a falta de informação concernente às políticas públicas de enfrentamento a violência, o medo por parte das usuárias dos procedimentos e conseqüências das denúncias e as implicações das relações de submissão e opressão.

Autor(s)

Leopoldina Michelle de Lima Barbosa

Orientador(s)

Suamy Rafaely Soares

Ano de Publicação

2011

Palavra Chave

Violência contra mulher. Patriarcado. CREAS.

Curso

SERVIÇO SOCIAL

O presente trabalho tem como objetivo principal compreender através da psicologia social os mecanismos de poder e controle que a sociedade reproduz e que são geradores das violências contra o gênero feminino articulando os saberes e analisando a obra O conto da Aia. É uma pesquisa descritiva tendo o seu delineamento como pesquisa bibliográfica e possui natureza qualitativa. Foram utilizados artigos científicos do período do ano de 2017 ao ano de 2023, tendo somente trabalhos produzidos por mulheres. Além disso, tem a pretensão compreender cada vez mais sobre os mecanismos que causam a violência contra a mulher. Tendo como finalidade observar a relevância de buscar reconhecer os tipos de violência de gênero como uma tentativa de possibilitar uma quebra da naturalização da dominação masculina, sendo importante serem analisados, discutidos e estudados por causa dos altos índices de violência doméstica e feminicídio. Possuindo o propósito de disseminar a importância dessa temática para todos os profissionais e dessa forma buscar romper com a naturalização das estruturas patriarcais e sexistas causadoras de sofrimento psíquico, físico, patrimonial, sexual e moral e de outras maneiras que atormentam as mulheres em diversas sociedades. Havendo a intenção de resgatar produções científicas publicadas por mulheres com a tentativa de valorização e reconhecimento dos seus trabalhos.

Autor(s)

Vanessa de Pinho Soares

Orientador(s)

Indira Siebra de Holanda

Ano de Publicação

2023

Palavra Chave

Violência de gênero. Psicologia Social. O conto da Aia.

Curso

PSICOLOGIA

O presente trabalho trata da violência contra o idoso, visando analisar a condição social do idoso vítima de abandono familiar. Configuram-se como objetivos específicos: observar o abandono familiar como um dos tipos de violência contra a pessoa idosa; considerar as causas que leva a ocorrência do abandono a pessoa idosa; avaliar de que forma se dá a atuação do Estado no que diz respeito aos impactos sociais e psicológicos causados na vida dos idosos em detrimento do abandono. A relevância desta pesquisa justifica-se ainda pela contribuição para o contexto local no sentido de debater sobre as políticas públicas de proteção aos idosos, formando subsídios para a compreensão desta forma de violência que poderão permear a construção de novas estratégias para o enfrentamento deste problema. Estruturado em três capítulos onde nestes aborda-se: o trajeto histórico da política social voltada para a pessoa idosa, e os direitos sociais a este segmento na atualidade; o processo de envelhecimento, a condição social do idoso vítima de abandono familiar, e o papel da convivência familiar; o percurso metodológico da construção do trabalho, uma breve apresentação do campo de pesquisa, e a análise e interpretação dos dados coletados. Para tanto fez uso tanto da pesquisa bibliográfica, através da exploração de leis, livros, artigos científicos, revistas eletrônicas que abordam a temática estudada, como do estudo de campo, desenvolvido no Instituto Casa da Esperança São Pio de Pietrelcina, localizado Rua: Do Ancião, n°110, bairro Tiradentes, juazeiro do Norte- CE. Sendo empregada abordagem do tipo qualitativa de natureza explicativa. A partir do estudo foi possível constar que os idosos tem sua estrutura emocional abalada em decorrência da condição de abandono por parte da família, que estes sentem falta da rotina e experiência de uma vida familiar e comunitária. Dessa forma revela-se a extrema importância de trabalhar mecanismos para tornar efetivos os princípios Constitucionais e os direitos ora assegurados pelas legislações referentes à pessoa idosa, além da urgente necessidade de sensibilizar a sociedade para o processo de envelhecimento e suas implicações na vida dos sujeitos.

Autor(s)

Maria Zuleide Borges Araújo

Orientador(s)

Francisca Helaide Leite Mendonça Fernandes

Ano de Publicação

2019

Palavra Chave

Idoso. Família. Direitos. Violência

Curso

SERVIÇO SOCIAL

O presente trabalho, trata-se de um estudo sobre a incidência do Crime de Feminicídio no Brasil. Este crime diz respeito ao assassinato de mulheres motivado por razões de gênero ou misoginia, sendo a última instância da violência contra a mulher, o qual é um problema de saúde pública, de polícia e de justiça. Ademais, tem como principal objetivo, investigar os motivos pelos quais são altos e crescentes os índices do Feminicídio no país, e quais as medidas necessárias para que haja a sua efetiva diminuição. Através de uma pesquisa bibliográfica, realizada por meio do método indutivo, visto que, utiliza-se de uma abordagem qualitativa e descritiva pois, busca-se analisar as causas de um fenômeno com base em dados coletados sem manipulá-los. Desse modo, a pesquisa é de grande valia devido ao crescente número de mulheres vítimas de Feminicídio, e porque visa servir como base para a elaboração de medidas que ocasionem a efetiva diminuição nos índices desse crime.

Autor(s)

Vaneska Karla Gomes de Andrade

Orientador(s)

Antônia Gabrielly Araújo dos Santos

Ano de Publicação

2020

Palavra Chave

Feminicídio. Violência. Gênero. Índices.

Curso

DIREITO

Este estudo traz, enquanto principal objetivo, a análise do fenômeno da violência contra a mulher como um problema enraizado em elementos culturais da sociedade brasileira, como o patriarcalismo. A posição de estabelecimento do patriarcado sugere uma silhueta masculina a conduzir e delinear a história, em geral, e da família, em especial. O trabalho foi construído através do método dedutivo e tem como referência livros, artigos e revistas acadêmicas disponibilizadas eletronicamente. Em face de uma estrutura discriminatória construída no decorrer histórico do país, é fácil perceber as reproduções de violências assistidas hodiernamente. As repercussões dos avanços sociais e políticos feministas esboçam uma mudança positiva em face da realidade brasileira nas questões da violência doméstica e entendimentos do gênero feminino. As articulações legais da Lei 11.340/2006 enfrentam alterações diante de sua recente aprovação e vigor nas ações de hoje, porém diretamente importantes para a garantia dos direitos das mulheres. Os dados atuais mostram, contudo, que ainda presenciamos uma realidade alarmantemente perigosa para as mulheres, os números acerca da violência não têm baixa expressiva e as reproduções das condutas misóginas, sexistas e patriarcais que representam esses perigos para as mulheres só incutem que o processo de enfrentamento vai perpassar por algumas mais futuras gerações. Mas o papel moral e ético da sociedade em garantir pleno gozo dos direitos de todos, sem discriminação por qualquer razão, tal qual expressa à Constituição deve ser posto em prática, o mais cedo e mais constante possível. 

Autor(s)

Fernanda Siqueira Marques de Sousa

Orientador(s)

Francisco José Martins Bernardo de Carvalho

Ano de Publicação

2023

Palavra Chave

Violência contra a mulher. Patriarcalismo. Avanços sociais e políticos feministas. Garantia dos direitos das mulheres

Curso

DIREITO

A violência contra a mulher é um problema social. No Brasil, a violência ocorre da mesma forma em várias relações sociais. Neste trabalho, estudaremos a violência conjugal ou violência de gênero cometida contra as mulheres. A violência doméstica ocorre basicamente devido às concepções conservadoras, machistas e hierarquizadas que são sustentadas pela forma como a sociedade é educada. Mesmo no século 21, a violência contra a mulher é gerada a partir da dominação masculina, em que o homem exerce uma posição de dominação sobre a mulher sob vários aspectos de sua vida. Dessa forma, o objetivo geral dessa pesquisa foi analisar o aumento da violência no cenário brasileiro em 2020, com os seguintes objetivos específicos: Identificar se a emersão das expressões da questão social no contexto pandêmico aumenta a incidência de violência doméstica; compreender se o isolamento social, por proporcionar maior tempo de convivência com homens agressores, é desencadeador dos altos índices de violência contra a mulher; e, por fim, verificar se a convivência mais próxima aos agressores, em decorrência do isolamento social, faz com que as vítimas de violência doméstica encontrem dificuldades em denunciá-los. Salienta-se que este estudo ocorreu por meio de uma pesquisa bibliográfica, através da leitura de artigos, teses, livros, monografias e mídias sociais. Há na Constituição Federal jurisprudências e leis sobre os casos de violência doméstica contra a mulher. A Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, prevê que existem muitas formas de violência contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. No entanto, pode-se constatar que a Lei 11.340/2006, embora atue na prevenção dos casos de violência contra as mulheres, a mesma, de forma isolada, ainda não é o suficiente para coibi-la. Esta pesquisa teórica, de caráter bibliográfico, deve servir para alertar a sociedade das implicações e dimensões que a violência ocupa na vida social particular e coletiva das pessoas. Além de valorizar e motivar práticas pedagógicas na prevenção à violência contra a mulher.

Autor(s)

Maria França da Silva

Orientador(s)

Maria Clara de Oliveira Figueiredo

Ano de Publicação

2021

Palavra Chave

Violência doméstica. Isolamento social. Covid-19.

Curso

SERVIÇO SOCIAL

A violência doméstica e familiar é compreendida para efeitos da lei como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause: morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Diante disso, esse tipo de violência é compreendido como um problema recorrente e presente no mundo todo, o qual possui raízes no meio social, tendo em vista o comportamento de subordinação adquirido pela mulher dentro de casa desde a infância. Este estudo visa verificar se a vigência da Lei Maria da Penha proporcionou aumento ou redução de crimes de violência doméstica contra a mulher nas principais cidades da região metropolitana do Cariri, no período de 2014 a 2018. Foi realizada uma pesquisa do tipo documental com abordagem qualitativa, o estudo foi desenvolvido nos municípios de Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte, situado no estado do Ceará. Os dados foram coletados, observados e analisados a partir de documentos disponibilizados pelas delegacias de polícia civil de defesa da mulher dos municípios citados, o qual os resultados foram organizados por meio de gráficos com dados estatísticos, para melhor compreensão. Almeja-se que com os resultados do estudo, que remetam as ações de prevenção e maior assistência a essas mulheres, para que seja possível conhecer o perfil dos agressores e das vítimas inseridas nesse fenômeno, nesse contexto chega-se a novas possibilidades de intervenções nesses crimes. Estudar e entender essa perspectiva são necessários não somente no nível de conhecimento do fenômeno, mas também no que seus resultados e intervenções possam contribuir para minimizar o sofrimento do gênero feminino.

Autor(s)

Francivan Araújo do Nascimento

Orientador(s)

Antônia Gabrielly Araújo dos Santos

Ano de Publicação

2019

Palavra Chave

Violência doméstica. Crimes. Lei Maria da Penha.

Curso

DIREITO

O presente estudo tem como objetivo principal entender a violência doméstica e familiar contra a mulher e os reflexos das cifras ocultas durante o período de isolamento social gerado pela pandemia de Covid-19. Tendo em vista, que durante o período pandêmico foi denunciado pelos veículos de comunicação um suposto crescimento acerca dos casos de violência contra a mulher. Nesse contexto, para que os resultados fossem alcançados fez-se necessário estudar a violência de gênero e a relação com o ambiente doméstico, entender os reflexos das restrições que foram estabelecidas em virtude da pandemia de Covid-19 na violência doméstica e por fim compreender a importância das cifras ocultas como parte do diagnóstico da realidade social. O método utilizado foi a análise de documentos bibliográficos, tendo como base pesquisas acerca da problemática. Assim, espera-se que a pesquisa colabore com a disseminação de informações, gerando conhecimento e visibilidade para o estudo dessa problemática que é tão importante e que também possa contribuir como fonte para futuras pesquisas. Diante do estudo, é possível considerar que existe uma relação entre a violência doméstica e familiar contra a mulher, essa relação, por sua vez, é consequência da cultura do machismo e do patriarcado enraizado na sociedade e para que possa obter dados concretos em relação a esse tipo de violência é necessária a análise das cifras ocultas, visto que durante o período de isolamento social muitos casos permaneceram ocultos para a sociedade.

Autor(s)

Geovana Fernanda da Silva

Orientador(s)

Danielly Pereira Clemente

Ano de Publicação

2022

Palavra Chave

Violência doméstica. Cifras ocultas. Isolamento social. Pandemia.

Curso

DIREITO

Autor(s)

Andreza Nádya de Araújo Passos

Orientador(s)

Danielly Pereira Clemente

Ano de Publicação

2019

Palavra Chave

Lei Maria da Penha. Constituição federal. Violência.

Curso

DIREITO

O presente trabalho tem como tema central a violência intrafamiliar contra a pessoa idosa: Uma visão da equipe multiprofissional do CREAS na cidade de Juazeiro do Norte/CE. Essa escolha deu-se à partir da curiosidade de identificar como os profissionais atuam frente a problemática apresentada. O objetivo geral é analisar a violência Intrafamiliar contra os idosos, desvelando suas possíveis causas e formas de prevenção, bem como, resgatar historicamente a Assistência Social como política social que preconiza a garantia dos direitos da pessoa idosa, enfatizando as intervenções profissionais dos assistentes sociais atuantes nessa política. A metodologia trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, explicativa, exploratória de campo e bibliográfica. Sendo realizada por meio de entrevistas contendo a amostra de cinco Assistentes Sociais do Centro de Referência Especializada de Assistência Social – CREAS. Seguida do levantamento de dados, do qual podemos, constatar o diagnóstico das dificuldades de atuação dos profissionais do Serviço Social, no que concerne a articulação das políticas públicas sociais, e ainda, referente ao trabalho interativo destes junto à família dos usuários afim de otimizar direitos e deveres.

Autor(s)

Sarah Martins Trajano

Orientador(s)

Francisca Helaide Leite Mendonça

Ano de Publicação

2018

Palavra Chave

Idoso. Família. Políticas públicas. Assistente social.

Curso

SERVIÇO SOCIAL